O Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova é muito antigo, julgando-se que possa resultar da cristianização de cultos pagãos uma vez que nas imediações de Terena existem ruínas do templo do deus Endovélico. As referencias a este santuário remontam ao século XIII.
O templo que vemos hoje é uma obra do século XIV e um exemplo raro português de igreja-fortaleza, tal como o grande monumento de Flor da Rosa, e a fase gótica da Igreja de Vera Cruz de Marmelar. A proximidade do ponto de vista artístico com Flor da Rosa leva a equacionar a ação do mesmo mestre ou escola de artífices.
A origem de invocação da Senhora da Boa Nova, parece estar ligada à lenda da Formosíssima Maria, Dona Maria Rainha de Castela, filha do Rei D Afonso IV de Portugal, que solicitou ajuda ao pai para auxiliar o marido na Batalha do Salado. Segundo a lenda, a Rainha encontrava-se neste local quando recebeu a boa notícia, tendo nascido aí a invocação Boa Nova.
O culto mantêm-se vivo, sendo este santuário palco de uma grande romaria que se celebra no primeiro fim de semana posterior à Páscoa. A romaria tem como pontos altos a procissão de velas do Domingo de Pascoela, quando a imagem da Virgem é conduzida para a Igreja Matriz de São Pedro de Terena, nela ocorrendo o chamado Encontro (entre as imagens de São Pedro, padroeiro da freguesia, e da Senhora da Boa Nova). O dia maior da festa é Segunda-Feira de Pascoela (feriado municipal no concelho de Alandroal), quando ocorre a Procissão solene de regresso ao Santuário, percorrendo as ruas do centro histórico de Terena.
A igreja é classificada como monumento nacional desde 1910.