Alentejo

O Alentejo é uma grande parte do Sul de Portugal. Ocupa uma área de mais de 30.000 kms quadrados, cerca de um terço de Portugal. Fica localizado abaixo do rio Tejo, o que lhe deu o nome de Além Tejo (Alentejo), a Sul faz fronteira com Algarve na Serra do Caldeirão. Faz ainda fronteira com Espanha a leste, onde abaixo de Badajoz o rio Guadiana representa em grande parte a linha de fronteira, excepto numa região conhecida como a margem esquerda do Guadiana. A oeste faz fronteira com o Oceano Atlântico.
O Alentejo é imenso, e dado que tem poucas elevações é dominado pela planície alentejana, com paisagens maravilhosas a perder de vista. No entanto nem todo o Alentejo é plano, e existem várias regiões de serra como a serra de São Mamede, da Adiça, de Portel e do Caldeirão. Existem ainda várias elevações que erguendo-se acima da planicie permitem vistas fantásticas sobre a planície, entre esses locais destaca-se Monsaraz. Na serra de São Mamede destaca-se Marvão. Mas há muitos outros locais que vale a pena descobrir…
O Alentejo é também História.
Encontram-se pelo território inúmeros vestigios de ocupação pré-histórica. Locais como o Cromeleque dos Almendres junto a Évora, um dos maiores da Europa, datado de há 5 milénios atrás, bem como diversos menires e antas na zona envolvente de Monsaraz, e em muitos outros locais.
O Alentejo Romano.
O Alentejo fez parte de uma das províncias romanas da Lusitânia, e encontramos inúmeras evidencias como o Templo de Diana em Évora, as ruínas de são Cucufate, várias pontes romanas, termas, teatros, calçadas, barragens, aquedutos, entre outros, e ainda a estrutura do território em municípios, e o latim como língua-mãe do português.
O Alentejo Árabe.
A ocupação árabe da península ibérica, é evidente em vários castelos construídos pelos mouros, mesquitas como a de Mértola, técnicas de construção, sistemas de captação e reserva de água, estilos artísticos e gostos decorativos, chaminés mouriscas, hábitos alimentares, muitas das palavras que usamos, e muitos outros.
O Alentejo da Reconquista Cristã.
A reconquista marca o Alentejo com inúmeros castelos, fortes, atalaias e vilas fortificadas. Mesmo após a reconquista do Sul, estas permitiam defender o território de guerras com Espanha a leste, a oeste das invasões por via marítima e no centro como segunda linha de defesa que não eram contidas junto à raia.
Durante a reconquista, o Clero e as várias ordens religiosas tornaram-se os maiores proprietários da região. Encontramos no seu legado material um património vasto, com inúmeras igrejas, conventos, mosteiros, capelas e ermidas.
Após a extinção das ordens religiosas no século XIX muito desse património como os conventos foram adaptados para museus ou unidades hoteleiras como pousadas, que podem ser vividas hoje em dia pelos turistas que visitam o Alentejo.
O Alentejo dos Descobrimentos.
A época dos descobrimentos marca o Alentejo, como aliás todo o território nacional, e é visivel na sua arquitectura e nos estilos manuelino, da renascença e barroco.
O Alentejo hoje…
O Alentejo é pois um misto de culturas, de tradições e de saberes milenares acumulados. Ao percorrermos o Alentejo e entrarmos em contacto com as planicies sem fim, castelos, gentes, tradições, cante e gastronomia estamos a experimentar anos de história… É dificil não nos deixarmos apaixonar por esta maravilhosa região que é O Alentejo!
